SAUDACÕES SOCIALISTAS AO MOVIMENTO PASSE LIVRE!
A
revista ANGU – Arte, Poesia & Kontrakultura saúda a vitória da luta do
movimento Passe Livre (MPL), que através da mobilização popular conseguiu
alterar o processo de políticas de arrocho que os governos pró patronais vem atacando a classe
trabalhadora por meio dos prefeitos locais e de todos os políticos da burguesia
nacional, meros serviçais e gestores dos interesses do imperialismo em crise.
O
movimento mais que legítimo, surgiu da reivindicação de todos os usuários de ônibus
e que em alguns momentos e lugares levou o nome de #revoltadobusao com
estudantes encabeçando a luta, cresceu sendo ignorado tanto pela burocracia
sindical de esquerda, que irmanada e pautada pelos interesses da imprensa
burguesa nada fez a favor desta luta ou apenas procurou utilizar o movimento a
seu favor, mesmo que a custo de sua descaracterização, com seu oportunismo
costumeiro.
MIDIA INDEPENDENTE
x
IMPRENSA DAS EMPRESAS
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IMPRENSA DAS EMPRESAS
Mas o
movimento ganhou as ruas e através de sua própria mídia independente foi
propagando-se até conquistar a opinião pública driblando as censuras impostas e
a discriminação da imprensa das empresas. Espalhou-se por todo país e
repercutiu internacionalmente.
RESISTÊNCIA QUE DERRUBA BUROCRATAS
Ao
resistir, ampliando suas reivindicações, sem arredar nem ceder da
reivindicação que o motivou foi crescendo sem parar, desmascarando todo o
discurso de realidade construído durante séculos pelos populismos de direita,
centro e de esquerda, de dominação de uma classe por outra, no caso do Brasil
de latifúndios empresariais, de terras, de comunicações, econômicos,
políticos, etc.
As seguidas manifestações expuseram com clareza as diferenças de comportamentos e de linguagem, trazendo a tona à necessidade de ruptura de linguagens dos conformados que dominam e dos dominados em revolta. Acentuadas diferenças de forma e conteúdo.
As seguidas manifestações expuseram com clareza as diferenças de comportamentos e de linguagem, trazendo a tona à necessidade de ruptura de linguagens dos conformados que dominam e dos dominados em revolta. Acentuadas diferenças de forma e conteúdo.
Como consequência desses
movimentos, foram derrotadas as políticas da policia ideológica do governador
Alckmin, sempre pronta para reprimir qualquer movimento reivindicatório, depois
de sua violenta atuação na manifestação de 13 de Junho na Avenida Paulista em
SP, bombardeando e espancando manifestantes, foi obrigada a recuar tal a
repercussão negativa sobre sua instituição, burocratas de todos as matizes pela
ausência, o prefeito Haddad com sua arrogância acadêmica e todos que demoraram
em perceber, que o movimento iria até o fim em suas exigências
reivindicatórias, a imprensa das empresas, que perdeu seus espaços de
influência e mostrou seu distanciamento da realidade afirmando-se apenas como
veiculadora de uma realidade oficial muito mais restrita do que a que aparenta,
políticos do sistema estabelecido dos três poderes – da presidenta Dilma, o
Congresso Nacional com seus partidos e o Judiciário.
INSURREIÇÃO : REVOLUÇÃO OU RETROCESSO ?
Uma
insurreição pode se transformar em uma revolução se houver condições
necessárias, que exige uma direção à altura das realizações históricas propostas, o
atendimento as suas reivindicações básicas, as transformações das classes
envolvidas na luta e o estabelecimento de seus princípios sociais em leis
abrangentes das necessidades de classe, que passa a ser a nova classe dominante
(pelo menos por certo tempo, até sua própria superação como classe).
É preciso lembrar, que a história se repete : ora em farsa, ora em tragédia, como já dizia Marx.
É preciso lembrar, que a história se repete : ora em farsa, ora em tragédia, como já dizia Marx.
Mas, também
pode ser um retrocesso e se faz necessária a atenção à questão, uma vez que, se está havendo infiltração no movimento como vem alardeando a imprensa burguesa e a
polícia, essa infiltração é antes de qualquer coisa, uma infiltração de classe
para descaracterizar um movimento legítimo e controlá-lo, como aconteceu na
mobilização de terça-feira, 18/06, na Praça da Sé, em São Paulo onde um
manifestante foi atacado e impedido de participar por carregar a bandeira
vermelha de seu partido. Claro, que era um partido de esquerda, que não despertaram
agora para a luta de suas reivindicações, pois há muito participam das lutas
nas ruas por suas reivindicações e que não por acaso são mesmas dos
trabalhadores. Reproduzindo termos "sem partido", "o povo acordou", "fora partidos", "movimento apartidário" utilizados como palavras de ordem mas que não passam de truques de linguagens da direita, esse comportamento repressivo, deve sim ser expelido do
movimento, já que nada acrescenta a consciência da massa trabalhadora e sua
luta.
Pelo
contrário, o movimento deve preservar seu carácter de classe e democrático
tornando-se não um movimento acrítico da política, mas sim um movimento
atuante, pluripartidário, buscando ampliar-se para ser representativo das variadas tendências da classe
trabalhadora - revolucionárias,
socialistas, comunistas, anarquistas - e que utilize categoricamente seus
métodos de luta como as mobilizações, insurreições, organizações em conselhos, sindicatos, partidos, greve gerais
e revoluções desburocratizadas avançando nas reivindicações pelas revoluções agrária, urbana, educação, cultura, saúde, moradia, sexual e tantas outras quantas forem necessárias.
AVANÇAR PARA MUDAR A VIDA
Avançar
sempre no sentido do novo, junto com as bases, em um processo permanente de
transformação da sociedade capitalista em socialista, de socialista em
comunista, de comunista em anarquista, sem patrões, sem padrões estabelecidos,sem opressão e sem exploração, sempre se renovando. Uma vez, que essa luta apenas começou e já mostrou sua
força. E, só a luta muda a vida.
THAELMAN CARLOS
PELA
REVISTA ANGU – ARTE, POESIA & KONTRAKULTURA
anguzada@gmail.com
anguzada.blogspot.com.br
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