quinta-feira, 20 de junho de 2013

DE ANGU - ARTE, POESIA & KONTRAKULTURA: SAUDAÇÕES SOCIALISTAS AO MOVIMENTO PASSE LIVRE!

                            
   SAUDACÕES SOCIALISTAS      AO MOVIMENTO PASSE LIVRE!

               A revista ANGU – Arte, Poesia & Kontrakultura saúda a vitória da luta do movimento Passe Livre (MPL), que através da mobilização popular conseguiu alterar o processo de políticas de arrocho que os governos pró patronais vem atacando a classe trabalhadora por meio dos prefeitos locais e de todos os políticos da burguesia nacional, meros serviçais e gestores dos interesses do imperialismo em crise.

               O movimento mais que legítimo, surgiu da reivindicação de todos os usuários de ônibus e que em alguns momentos e lugares levou o nome de #revoltadobusao com estudantes encabeçando a luta, cresceu sendo ignorado tanto pela burocracia sindical de esquerda, que irmanada e pautada pelos interesses da imprensa burguesa nada fez a favor desta luta ou apenas procurou utilizar o movimento a seu favor, mesmo que a custo de sua descaracterização, com seu oportunismo costumeiro.

MIDIA INDEPENDENTE 
                  x
IMPRENSA DAS EMPRESAS
               Mas o movimento ganhou as ruas e através de sua própria mídia independente foi propagando-se até conquistar a opinião pública driblando as censuras impostas e a discriminação da imprensa das empresas. Espalhou-se por todo país e repercutiu internacionalmente.
                    
 RESISTÊNCIA QUE DERRUBA BUROCRATAS
               Ao resistir, ampliando suas reivindicações, sem arredar nem ceder da reivindicação que o motivou foi crescendo sem parar, desmascarando todo o discurso de realidade construído durante séculos pelos populismos de direita, centro e de esquerda, de dominação de uma classe por outra, no caso do Brasil de latifúndios empresariais, de terras, de comunicações, econômicos, políticos, etc. 

        As seguidas manifestações expuseram com clareza as diferenças de comportamentos e de linguagem, trazendo a tona à necessidade de ruptura de linguagens dos conformados que dominam e dos dominados em revolta. Acentuadas diferenças de forma e conteúdo.

           Como consequência desses movimentos, foram derrotadas as políticas da policia ideológica do governador Alckmin, sempre pronta para reprimir qualquer movimento reivindicatório, depois de sua violenta atuação na manifestação de 13 de Junho na Avenida Paulista em SP, bombardeando e espancando manifestantes, foi obrigada a recuar tal a repercussão negativa sobre sua instituição, burocratas de todos as matizes pela ausência, o prefeito Haddad com sua arrogância acadêmica e todos que demoraram em perceber, que o movimento iria até o fim em suas exigências reivindicatórias, a imprensa das empresas, que perdeu seus espaços de influência e mostrou seu distanciamento da realidade afirmando-se apenas como veiculadora de uma realidade oficial muito mais restrita do que a que aparenta, políticos do sistema estabelecido dos três poderes – da presidenta Dilma, o Congresso Nacional com seus partidos e o Judiciário.

INSURREIÇÃO : REVOLUÇÃO OU RETROCESSO ?
           Uma insurreição pode se transformar em uma revolução se houver condições necessárias, que exige uma direção à altura das realizações históricas propostas, o atendimento as suas reivindicações básicas, as transformações das classes envolvidas na luta e o estabelecimento de seus princípios sociais em leis abrangentes das necessidades de classe, que passa a ser a nova classe dominante (pelo menos por certo tempo, até sua própria superação como classe).

           É preciso lembrar, que a história se repete : ora em farsa, ora em tragédia, como já dizia Marx.
  
           Mas, também pode ser um retrocesso e se faz necessária a atenção à questão, uma vez que, se está havendo infiltração no movimento como vem alardeando a imprensa burguesa e a polícia, essa infiltração é antes de qualquer coisa, uma infiltração de classe para descaracterizar um movimento legítimo e controlá-lo, como aconteceu na mobilização de terça-feira, 18/06, na Praça da Sé, em São Paulo onde um manifestante foi atacado e impedido de participar por carregar a bandeira vermelha de seu partido. Claro, que era um partido de esquerda, que não despertaram agora para a luta de suas reivindicações, pois há muito participam das lutas nas ruas por suas reivindicações e que não por acaso são mesmas dos trabalhadores. Reproduzindo termos "sem partido", "o povo acordou", "fora partidos", "movimento apartidário" utilizados como palavras de ordem mas que não passam de truques de linguagens da direita,  esse comportamento repressivo, deve sim ser expelido do movimento, já que nada acrescenta a consciência da massa trabalhadora e sua luta.

          Pelo contrário, o movimento deve preservar seu carácter de classe e democrático tornando-se não um movimento acrítico da política, mas sim um movimento atuante, pluripartidário, buscando ampliar-se para ser representativo das variadas tendências da classe trabalhadora -  revolucionárias, socialistas, comunistas, anarquistas - e que utilize categoricamente seus métodos de luta como as mobilizações, insurreições, organizações em conselhos, sindicatos, partidos, greve gerais e revoluções desburocratizadas avançando nas reivindicações pelas revoluções agrária, urbana, educação, cultura, saúde, moradia, sexual e tantas outras quantas forem necessárias.

                      AVANÇAR PARA MUDAR A VIDA
          Avançar sempre no sentido do novo, junto com as bases, em um processo permanente de transformação da sociedade capitalista em socialista, de socialista em comunista, de comunista em anarquista, sem patrões, sem padrões estabelecidos,sem opressão e sem exploração, sempre se renovando. Uma vez, que essa luta apenas começou e já mostrou sua força. E, só a luta muda a vida.
                                           
                                 THAELMAN CARLOS
     PELA REVISTA ANGU – ARTE, POESIA & KONTRAKULTURA
                               anguzada@gmail.com      
                           anguzada.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário